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A dificuldade de aprendizagem pode ser a justificativa para o aluno não estudar ou o gatilho para que ele desenvolva seu potencial máximo. A família determina essa escolha!

Graças ao avanço da ciência e da tecnologia, hoje em dia é possível descobrir se um aluno, seja ele adolescente ou criança, tem alguma dificuldade de aprendizagem. A criança com dificuldade de aprendizagem apenas possui a necessidade de aprender de uma forma diferente da tradicional. Seja qual for o transtorno que ela enfrenta, é possível ajudar para que a relação com os estudos corra de forma tranquila, desde que haja um esforço conjunto da família e da escola para oferecer ao aluno o suporte necessário. Em geral, o aluno só precisa descobrir que caminhos seguir para contornar ou superar os desafios que cada tipo de dificuldade trará a ele. O grande problema acontece quando a escola ou os pais passam a rotular o aluno por conta da dificuldade que ele eventualmente apresente.

Ou ainda que a usem como justificativa para que ele estude menos ou obtenha privilégios que, na realidade, vão se tornar armadilhas que o impedirão de ter seu pleno desenvolvimento. Prepare-se para entender um pouquinho quais são os desafios de quem tem Dislexia, Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Discalculia, Disgrafia e Distúrbio do Processamento Auditivo Central. Além de falar um pouquinho sobre os desafios de quem enfrenta um desses distúrbios, vamos dar dicas de como os pais e a família podem ajudar os filhos a superarem os obstáculos que surgirem em virtude de cada distúrbio. A questão é que em nenhum dos casos o aluno está fadado ao fracasso nos estudos. Tratar seu filho com pena ou como se fosse menos capaz por conta do diagnóstico positivo de um desses distúrbios, isso sim pode gerar baixa auto estima e sensação de ser incapaz. E essas, como consequência, podem levar ao fracasso na aprendizagem. Bora ajudar seu filho a transformar o desafio em um superpoder só dele?

1. Dislexia é a dificuldade em conectar os sons de uma palavra com as letras que representam esses mesmos sons. Na prática, a leitura é o ponto mais afetado. Aparecem as trocas ou omissões de letras, inversão de sílabas, lentidão na leitura, linha que é pulada ao ler um texto. Como a leitura é a base para o aprendizado, surgem as dificuldades em outras matérias que não a gramática ou literatura. O desafio dos pais e da escola é não deixar que o aluno disléxico acredite que ele está fadado a ter dificuldades de aprendizagem por conta do desafio que a leitura impõe a ele. A dica é não tentar poupar seu filho dos momentos de leitura em casa. Quanto mais estratégias ele criar, mais bem sucedido ele será. Incentive a leitura de histórias em quadrinhos. Embora tenha o desafio de letras pequenas e próximas, é uma leitura leve e de textos curtos. Aproveite o tempo de trânsito para fazer jogos e brincadeiras com letras de placas de carro e outdoors. Sugira para seu filho ler sozinho, no quarto, em voz alta, gravando o que leu e depois ele pode usar aquele áudio para estudar ou revisar a matéria. Sempre, em todas as oportunidades que tiver, mostre o quanto você acredita que ele é capaz de superar os desafios de aprendizagem que vierem. O esforço maior colocado na leitura vai ajudar para que ele mesmo descubra estratégias que funcionam melhor. Nunca veja a Dislexia como uma deficiência, pois não é. Incentive para que ele use a criatividade para formar músicas com a matéria que precisa lembrar ou imagens mentais que facilitam recordar o que ele estudou. Nos momentos de lazer, veja com ele documentários ou biografia de pessoas que conseguiram superar os desafios da Dislexia. Entre disléxicos famosos estão Walt Disney, Albert Einstein, Leonardo DaVinci, Steven Spilberg. Não há limites para o que seu filho pode alcançar!

2. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade caracteriza-se por sinais constantes de inquietação, impulsividade, falta de concentração. É preciso todo cuidado para questões de comportamento que podem ser modificadas a partir de simples ajustes na rotina não sejam confundidas com o transtorno. O TDAH deve ser diagnosticado por especialistas. A dica para os pais, no caso de filhos que tiveram o diagnóstico confirmado, é não tratar o filho como se tivesse uma doença, mas sim manter o foco na capacidade de superação dos desafios que o transtorno vai gerar. Uma vida equilibrada, com rotinas estruturadas e limites definidos, ajuda para que os filhos possam desenvolver seu potencial máximo nos estudos, apesar do transtorno. Para focar nos estudos, seu filho precisa aprender a fazer uma coisa de cada vez em outras oportunidades. Na hora de brincar, a TV fica desligada. Quando for assistir à TV, brinquedos guardados. No momento das refeições, celular ou tablet desligado. As refeições representam excelente oportunidade para conversar sobre assuntos que sejam de interesse do seu filho. Esportes e atividades físicas são essenciais para que uma criança ou adolescente diagnosticada com TDAH aprenda como direcionar sua energia à atividade em que precisa focar. Nunca, jamais, use o diagnóstico de TDAH como justificativa para não gostar de estudar. É fundamental que seu filho perceba que você acredita na capacidade que ele tem de vencer os desafios que fazem parte do processo de aprendizagem. Alguns deles vão requerer mais esforço por parte dele, mas são totalmente possíveis de serem superados. Família e escola precisam se apoiar e nunca acusar um ao outro pelas dificuldades enfrentadas. O desafio é de ambos para que esse aluno consiga descobrir que caminhos minimizam o impacto do TDAH e o ajudam no processo de aprendizagem.

3. Discalculia é um distúrbio de aprendizagem que afeta a relação do aluno especialmente com a matemática. Calma, pai/mãe. Nada de parar a leitura neste ponto e concluir que é esse o problema do seu filho, já que ele não gosta de matemática. A Discalculia não é a falta de amor pela matemática. Nem a dificuldade que tem um aluno que não faz a lição ou nunca presta atenção na aula. Discalculia é a dificuldade em aprender matemática, apesar de estudar e se esforçar na tentiva de compreeder dos conteúdos. O diagnóstico, assim como nos outros distúrbios de aprendizagem, só pode ser feito por um especialista. A dica para os pais é ajudar trazendo o uso da matemática no dia a dia da família. Seu filho tem a oportunidade de usar a matemática em situações reais ao ajudar nas compras do supermercado, ficar responsável por controlar os gastos com contas de água e luz, ajudar na preparação de uma receita de bolo ou salgado. Esses são apenas alguns exemplos de como a matemática pode deixar de ser “aquela matéria da escola” e passar a ser mais um elemento da vida da criança ou adolescente. No caso de reformas em casa, mudança ou reorganização do móveis, peça ajuda para seu filho. Ele pode medir o sofá, a mesa e o espaço disponível para propor a melhor distribuição no ambiente. Aí tem matemática também. Além da ajuda de um psicopedagogo, os pais podem fazer uma grande diferença para que o filho supere os desafios impostos pela Discalculia. Ser paciente, não usar rótulos ou afirmar que o filho não leva jeito para matemática são caminhos simples que fazem toda a diferença. E, novamente, a parceria com a escola será sempre a melhor estratégia para ajudar seu filho a descobrir e construir seu próprio caminho para uma relação tranquila com a matemática!

4. O Processamento Auditivo Central é aquilo que o cérebro faz com aquilo que os ouvidos ouvem. Caso as habilidades auditivas não sejam plenamente desenvolvidas, a criança ou adolescente pode enfrentar problemas na aprendizagem em virtude da dificuldade de focar, localizar um som ou ignorar outros barulhos no ambiente, memorizar sequência de sons ou discriminar um som do outro. A consequência aparece em forma de desatenção, dificuldade de concentração e baixa auto estima. Isso gera um relacionamento negativo com os estudos, que muitas vezes acaba sendo tratado como preguiça de estudar ou falta de interesse na aprendizagem. Como o Distúrbio do Processamento Auditivo Central foi descoberto há pouco tempo, muitas vezes a suspeita é somente de Déficit de atenção, que pode surgir em consequência do desafio que o processamento dos sons representa para aquele aluno. A ótima notícia é que o distúrbio pode ser totalmente eliminado com o acompanhamento de um Fonoaudiólogo e um Psicopedagogo. A prevenção ocorre com boa alimentação desde a primeira infância e com estímulos auditivos envolvendo músicas, leitura, estímulos auditivos de volume e intensidade adequados para cada idade. A dica para os pais é não justificar, diante dos próprios filhos, a falta de responsabilidade e esforço na aprendizagem com o diagnóstico do DPA. Uma rotina de estudos organizada, equilibrada com atividade física, passeios ao ar livre e utilização de tecnologia em nível de tempo saudável servem como antídotos para amenizar os desafios que o transtorno pode trazer no envolvimento com os estudos. Seu filho é capaz de aprender e ter uma vida totalmente saudável e feliz, apesar dos desafios que um diagnóstico positivo de DPA possa trazer!

5. Quando algum aluno apresenta dificuldades no relacionamento com os colegas ou nos estudos os professores pedem que os pais procurem ajuda. Os pais, apavorados, depois de passar por vários especialistas, ficam desanimados, sem saber como seguir. A rotina acelerada que vivemos hoje e o dia a dia sem limite de horários e com excesso de estímulos digitais afetam a capacidade que temos de lidar com desafios que fazem parte do processo de aprendizagem. Eis o porquê não adianta comparar seu filho com o aluno que você foi, quando o ritmo de vida era outro. No caso de diagnóstico positivo para alguma síndrome ou distúrbio, basta seguir as indicações dos especialistas e jamais deixar que seu filho conclua que ele tem um problema que o impeça de aprender. As dificuldades de aprendizagem sobre as quais falamos ao longo dessa semana representam desafios que precisam ser enfrentados sem medo, com estratégias que minimizem os impactos na vida do aluno. O que conta de fato é a parceria entre a escola e a família para que o aluno perceba o quanto é capaz e coloque o esforço necessário para vencer cada desafio que vier. E quando o diagnóstico é negativo, estamos aqui para ajudar, pai e mãe! Depois de confirmar que não há qualquer síndrome ou distúrbio, o ajuste de momentos da rotina da família e de algumas estratégias em sala de aula é tudo o que seu filho precisa. Muitas vezes questões simples do dia a dia em família é que estão gerando o impacto negativo nos estudos. Se for esse seu caso, acompanhe nossas dicas e, caso queira ter informações sobre nosso trabalho, basta enviar um Direct para receber maiores detalhes sobre o atendimento personalizado. Você não está sozinho nesse desafio!


Eis que chegou o período em que os pais têm que tomar a decisão sobre fazer a rematrícula do filho na mesma escola onde ele está ou mudar para uma nova proposta.

Ao mesmo tempo em que muitas escolas se empenham em atrair novos alunos, os pais se veem diante de um dilema: “será que mudar é o melhor para meu filho?”. De fato não é uma decisão fácil de ser tomada. Ao longo da semana vamos abordar algumas das armadilhas e fatores a serem considerados para ajudar na sua decisão. O que podemos adiantar como dica é que, ao contrário do que muitos pensam, essa não é uma decisão que pode ser tomada somente com base na emoção. Então, respire fundo e relaxe. Decisões conscientes e com maiores chances de sucesso são tomadas com uma avaliação de vários fatores envolvidos.

Ansiedade, medo de errar, estresse por algum momento difícil que vocês estejam passando na escola atual só vão prejudicar seu julgamento e gerar uma decisão tomada por impulso. É momento de equilibrar as emoções e deixar a razão falar alto e claro. Outra dica é não se deixar levar por propaganda ou jogo de palavras que na prática nada refletem o que uma boa escola precisa oferecer. Nada de errado se a escola oferece somente uma aula de inglês por semana para as crianças. Tudo errado se esta mesma escola se diz “Bilingue” por conta de uma aula isolada de uma língua estrangeira. Nada de errado se a escola não tem professores com mestrado ou doutorado. Tudo errado se a escola não tem professores formados . Dizer o que realmente faz e cumprir o que se propõe a fazer é essencial. Infelizmente não é o que acontece. Além desses, há outros fatores importantíssimos a serem considerados:

  1. Sem dúvida, é essencial que pais e professores tenham um canal de comunicação aberto e de respeito mútuo. Isso não significa, porém, que o perfil da professora tenha que corresponder às expectativas dos pais em todos os sentidos. No Brasil, temos a necessidade de sentir uma relação de amizade em todas as interações. Em muitos países, a realidade é inversa. Há inclusive professores que ficam ofendidos se tiverem a amizade mencionada como uma de suas características positivas na relação com alunos e pais. Isso não significa que sejam frios ou que não demonstrem carinho e cuidado para com seus alunos. Caso a professora do seu filho tenha um perfil mais introvertido, seja quieta ou séria além do que você esperaria, isso não significa que não seja uma boa profissional. O desafio é não comparar a professora atual com as anteriores que seu filho teve e nem exigir uma professora que mantenha na escola a rotina que você tem com seu filho em casa. Geralmente a criança se adapta tranquilamente a um professor diferente quando os pais demonstram ter segurança de que o filho está em boas mãos. Muito mais do que o perfil pessoal do professor, considere a escola como um todo. Se a escola oferece formação frequente aos seus profissionais, se está à disposição para atender os pais quando solicitam uma reunião e se a coordenação acompanha a prática de sala de aula, como parte do processo contínuo de formação dos professores, isso sim faz diferença! Ter professores com perfis pessoais diferentes só vai ajudar para que desenvolva habilidades de convívio social mais flexíveis. A diferença de personalidade entre os professores existirá em qualquer outra escola. Caso alguma escola afirme categoricamente que não há diferença nesse aspecto, fuja imediatamente. Fique naquela que ajuda o professor a melhorar a comunicação com os pais, mas mantém o respeito pelo ser humano que ele é.

  1. “A escola atual está muito puxada para meu filho” . Todo cuidado é pouco nesse caso! Mudar de escola porque a proposta de metodologia que ela oferece não está de acordo com o que vocês gostariam para seu filho, tudo bem . Trocar na tentativa de ajustar os estudos a questões como preguiça de estudar, manha na hora de fazer a lição de casa, recusa na hora da leitura ou da escrita, isso é prejudicial ao seu filho. Nossa sugestão caso seu filho esteja resistindo a se envolver com os estudos em casa, nos momentos em que deveria fazer as atividades enviadas como tarefa, é ajustar a rotina em casa primeiro. Mudar o filho de escola na expectativa de não ter atividades que precisam ser feitas com ajuda da família, em casa, não trará benefício algum para o aluno ou para vocês, pais. Isso vai somente adiar e aumentar o problema, quando a adolescência chegar. Todos os estudos recentes sobre o processo de aprendizagem confirmam que retomar o conteúdo apresentado na escola é essencial para que seja transformado em aprendizado. Além disso, hábitos como leitura e rotina de estudos só podem ser desenvolvidos com o esforço do próprio aluno também fora da escola. Qualquer escola que ofereça uma proposta de ensino séria vai, em algum momento, mandar atividades que precisarão ser feitas em casa. E vai também cobrar momentos de leitura e escrita para serem feitas em diversos outras oportunidades que não sejam na escola. E a questão mais importante: se você mudar seu filho porque a escola atual está “puxada demais”, a mensagem que fica para a criança é a de que ela não é capaz de enfrentar ou superar os desafios que certamente voltarão a surgir ao longo da vida de estudante. Então, que tal primeiro ajustar a rotina de estudos, garantir que seu filho esteja conseguindo aprender na escola atual e só então pensar em trocar de escola, se ainda assim fizer sentido essa ideia?!

Além desses, há outros fatores importantíssimos a serem considerados e falaremos sobre eles nos próximos posts.


Dizer para o filho que ele precisa estudar para ter uma boa profissão ou ganhar dinheiro no futuro  não gera interesse pelos estudos! Nós adultos temos essa tendência de tentar convencer crianças e adolescentes sobre a importância dos estudos a partir da nossa realidade e não da deles. A intenção é sempre a melhor em relação aos filhos: o desejo de que não precisem passar os sufocos que os pais passaram.

Contudo, sua visão sobre a importância dos estudos é resultado da sua experiência de vida. É necessário adequar nossa fala para o ponto de maturidade que nossos filhos têm hoje. Como a ideia de ser um profissional realizado pode mudar a postura de aluno de uma criança de 8, 10 anos? Mesmo para os adolescentes, pensar que têm que estudar para ganhar dinheiro não traz estímulo algum. Para as novas gerações, ganhar dinheiro não é o ponto essencial.

Sustentabilidade, qualidade de vida, realização pessoal vêm antes, bem antes da preocupação financeira. A dica é colocar os benefícios do estudo o mais próximo possível daquilo que desperta o interesse dele, que ele sente como realização de um sonho. Isso é um grande desafio porque ouvimos pouco nossos filhos. Estamos sempre com muita pressa, pouco tempo, sem paciência. Somos uma geração de pais cheios de insegurança e traumas mal resolvidos, sem coragem de assumir nosso papel de responsável de ir lá e derrubar a internet, caso o filho não desligue o equipamento no horário combinado.

O argumento para estudar só funciona se for diferente para cada filho. E muda conforme seu filho cresce. A resposta perfeita é: “meu filho, você precisa estudar porque nos estudos está a chave para você ………..”. Esses pontinhos devem sempre ser preenchidos com o que seu filho sonha para os próximos anos da vida dele. Seja o que for, o estudo abre portas. Não questione o que ele tem como sonho. Só mostre como estudar vai ajudar para que ele consiga realizar o que deseja. Entendeu qual seu desafio? Eu explico: responda agora, rápido: qual é o sonho do seu filho?


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