Geralmente esperamos que nossos filhos se comportem de forma sociável e respeitosa quando estão fora de casa. Acabamos ficando bravos quando as reações das crianças não correspondem ao que gostaríamos. E geramos um estresse enorme tentando educá-los, no momento em que deveriam todos desfrutar de um passeio, visita ou aula na escola. A volta para casa envolve então um enorme sermão sobre como o comportamento do filho foi inadequado. E aí vêm as ameaças que não fazem sentido algum: “nunca mais vamos no shopping; “na próxima vez você fica em casa”, ou “se fizer isso de novo vai ver só o que vou fazer com você”. Resultado: família cansada, de péssimo humor, sensação de fracasso para os filhos e uma ressaca enorme para os pais, depois que aquela raiva e frustração toda passar. Aí bate um remorso por ter sido duro demais e por ter focado no filho, ao invés de abordar o comportamento que ele teve.
Resultado: para aliviar a culpa dos pais, vem a permissividade. E chega exatamente em momentos nos quais o limite, a regra, a rotina previsível são essenciais. “Pode ficar no tablet até mais tarde”, “pode comer doce ao invés de jantar”, pode brincar até a própria criança não aguentar mais e dormir de cansaço. E dois dias depois recomeça o ciclo em que os pais tentam cobrar o cumprimento da rotina que deveria ser o padrão, o combinado, o cumprido sempre, não importa que contratempos tenham ocorrido ao longo do dia. O tão sonhado passeio tranquilo, em que a criança entende as regras de convivência social do local onde está, cumprimenta, agradece, respeita professor, colega e outros adultos que encontra, nada disso acontece por acaso. O respeito e a capacidade de ser flexível, seguindo regras, mesmo que novas para a criança, acontecem quando a rotina da família tem um padrão previsível e consistente. Regras podem ser ajustadas ou modificadas, desde que haja coerência. “Sim, meu filho, hoje você pode dormir mais tarde, porque amanhã é feriado”: isso é totalmente diferente de não ter horário para ir para a cama porque os pais estão com remorso diante da perda do autocontrole e da paciência, que de fato não são ilimitados, já que, antes de pais, somos seres humanos. E quando bater aquela culpa por ter se excedido em algum momento, aproveite para ser um exemplo de como podemos sempre reconhecer que erramos e pedir desculpa.
Depois disso, que venham beijos, abraços e carinho. Tudo isso, mantendo aquilo que é fundamental para o desenvolvimento saudável e equilibrado de nossos filhos: manter regras que fazem parte de uma rotina que favorece os relacionamentos pessoais e com os estudos, estejamos felizes ou tristes, cansados ou plenos!
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