Enquanto escolas e famílias buscam maneiras de fazer seus filhos/alunos se interessarem pelos estudos, a pressão das lacunas de aprendizagem e das habilidades de convívio tornam-se um enorme desafio para ambos os lados. Sim, este é o ponto em que escola e família sentem a pressão maior: o tempo está passando depressa e nossas crianças e adolescentes não têm botão de pausa. Mas, infelizmente, mesmo com essa preocupação em comum, ao invés de estreitarem os laços, em muitos casos surgem desconfianças, cobranças descabidas e falta de empatia de ambos os lados. Não é de hoje que situações de escassez geram grande estresse.
Existe inclusive um ditado que diz “em casa que falta pão, todo mundo briga, mas ninguém tem razão”. O “pão” simboliza tudo o que se torna cada vez mais escasso, conforme os meses passam, os alunos crescem e a defasagem que ficou dos meses de escolas fechadas permanece. Cada vez temos menos energia para lidar com as sequelas que ficaram, menos diálogo por parte de pais e professores, menos paciência para lidar com os desafios. E o pão, no sentido de sustento, também está escasso em muitos lares. Falta trabalho, muitas empresas fizeram corte grande nos investimentos e no número de funcionários. A inadimplência segue como um fantasma que assombra as escolas, o número de alunos matriculados ainda não voltou ao patamar anterior à pandemia, a saúde emocional dos professores está fortemente abalada. Ainda assim, pais, gestores e professores seguem firmes, buscando o melhor para seus filhos e alunos. Essa parceria é a única saída para nossas crianças e adolescentes.
Precisamos, porém calibrar a definição de papéis. Há coisas que só os pais podem fazer. E outras que são sim responsabilidade da escola. Como a família e a escola podem se dividir para conseguir multiplicar os benefícios para os alunos? Em que pontos precisam agir juntos para que os filhos não assumam o papel de vítimas e percam o poder que têm de se adaptar ao novo, de aprender a partir dos novos desafios? Essas questões merecem nossa atenção. E estão sendo abordadas ao longo desta semana em nosso perfil do instagram SOS Educação. O spoiler que fica como base para a resposta a todas essas perguntas é: escola e família juntas são imbatíveis, mas cada qual tem papéis diferentes a cumprir!
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