Estamos errando feio ao definir a função da pessoa que fica com nossas crianças enquanto trabalhamos ou fazemos atividades que não envolvem os filhos. Fazemos uma grande confusão ao deixar o sentimento de culpa por ter que deixar o filho falar mais alto do que a responsabilidade por educar. Na prática, isso acontece quando exigimos ou deixamos que a pessoa que vai ficar com nosso filho passe a servir ao invés de cuidar dele.
Cuidar é atentar, ter interesse, zelar, tomar conta. E cuidar envolve dar carinho, atenção, passar sensação de segurança e educar. Tanto uma babá, quanto os avós dividem hoje esse papel com os pais.
Nos dois casos, é comum que esse objetivo de “cuidar” acabe sendo substituído pelo “servir”. E aí, não importa a motivação ou intenção do cuidador, a criança ou adolescente acaba tendo sua educação prejudicada.
Uma criança que cresce com o pressuposto de que ela deve ter alguém para servi-la tem sérias dificuldades para se adaptar na escola, no relacionamento com os colegas, no respeito a regras de convívio social. Além disso, cresce com auto estima baixa, em geral encoberta por uma grande insegurança disfarçada de carência ou arrogância.
Conforme ela cresce, outras pessoas passam a sofrer também as consequências da baixa auto estima que tem uma criança que só aprendeu a esperar que alguém a sirva.
Professores, colegas de sala, os próprios pais, avós e cuidador/babá: todos envolvidos em um tsunami de emoções e habilidades que não encontram uma base sólida na qual possam se equilibrar. Ao longo desta semana, vamos falar sobre a diferença entre “cuidar” e “servir” a partir de rotinas que fazem parte do cotidiano de uma família.
E vamos juntos fazer o máximo para que seu filho seja muito bem cuidado e que jamais dependa de alguém para servi-lo com a felicidade que só ele mesmo poderá construir!
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