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Taís e Roberta Bento

No futuro, você e a professora do seu filho viverão em um mundo governado pelas crianças de hoje...


Duas mulheres e uma criança na porta de uma sala de aula. A criança está de pé, de frente para uma das mulheres que está ajoelhada na altura dele, e ao lado da outra que está em pé. As duas mulheres aparentam estar conversando.

Faz alguns anos que vivemos tempos de altíssima cobrança dos próprios pais/mães em relação ao tipo de parentalidade que exercem. Mesmo antes da gravidez, os planos incluem perfeição em todas as fases do desenvolvimento do filho. Desde a revelação do sexo do bebê, até a busca por maneiras inusitadas de celebrar o que até pouco tempo tínhamos como aniversário, e que mensalmente se tornou um desafio, o mesversário. E no desgaste gerado por tantos momentos instagramáveis, apesar da busca pela perfeição, os pais e mães sempre acham que não estão fazendo o suficiente. E a saga se repete quando chega o momento de matricular a criança na escola.


A pesquisa começa bem antes. Primeiro a pesquisa pelo boca-a-boca. Depois visitas em um número infinito de escolas e a lista de perguntas para tentar garantir a escolha correta. Ainda assim, depois que os filhos se tornam alunos, termina a fase do namoro e vem a longa jornada em estado de alerta, sempre tentando antecipar qualquer falha da escola. Ou, vem a fase da minuciosa investigação, quando há qualquer fala dos filhos que possa denotar desagrado ou frustração. Assim seguem as famílias, em tempos de sobrecarga de informação desconexa e saúde mental precária. Além do grande peso que viver em um período de constante mudanças e falta de uma rede de apoio confiável, somos vítimas de nossa própria autocobrança pela perfeição. Não é de surpreender que, especialmente as mães, estejam no limite da sua energia e equilíbrio emocional.


O grande problema é correr para o extremo contrário, quando aquilo que desejamos não é factível. Ao descobrir a imperfeição dos filhos como alunos, seres humanos em desenvolvimento que são, em busca da atenção exclusiva que tinham até então dentro de casa, reagimos colocando um muro onde deveríamos ajudar a construir uma ponte.  E muitas vezes essa mesma postura de autodefesa acaba se refletindo dentro da escola. Na falta de um elo forte de parceria entre família e escola, gerada por tantos medos e busca por certezas em um campo onde só há possibilidades, reagimos com atitudes que acabam por prejudicar tanto nossos filhos quanto a nós mesmos. É hora de esquecer toda a perfeição que sonhamos poder oferecer a nossos filhos. Até porque, eles só querem pais de verdade, não família margarina, que parece bonita na tela, mas derrete rapidinho a qualquer alteração de temperatura. O mesmo princípio vale para os profissionais da educação, que são os melhores parceiros que uma família pode ter no desafio de educar filhos nascidos em plena era de transformação.


Somos todos seres humanos, vivendo o sonho de educar aqueles que serão os adultos quando já tivermos cumprido nosso papel e precisarmos de um cantinho de paz, com amor, para descansar. Seremos todos cuidados, ou abandonados, pelo melhor que pudermos fazer hoje. Aquelas postagens incríveis, cheias de curtida e comentários, em nada vão impactar os valores que nossas crianças e adolescentes terão assimilado. É agora o momento para focar no bom: bons momentos em família, bom relacionamento com a escola, boas memórias que ficarão como alicerce para o futuro que desconhecemos.



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