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O papel fundamental do dia a dia em família na relação de nossos filhos com a escola.

Taís e Roberta Bento

A boa notícia é que você não educa seu filho para ser um aprendiz responsável e independente tirando algumas horas fora da sua rotina para cobrar, castigar ou dar sermões sobre como isso pode melhorar o futuro dele. A mudança vem exatamente da manutenção de sua rotina, mas com novos hábitos aplicados nos momentos em que você convive com seu filho ou em que ele enxerga suas atitudes como exemplo. Para que seu filho aprenda que ler é fundamental para escrever melhor, basta que ele veja você lendo. E que tenha, no dia a dia em casa, momentos de leitura, nos quais todo o restante da casa está em silêncio e sem interferência das telas. Para entender que ele tem a responsabilidade de estudar, é preciso que ele entenda antes que há responsabilidade envolvida na rotina do dia a dia.

Uma criança que não faz tarefa, já não fazia sua própria cama ou não guardava seus brinquedos. Tentar que ela assuma a responsabilidade pela lição de casa, prova, atenção e respeito na escola, sem os ajustes nos hábitos dentro de casa é inútil e desgastante para todos. Muitos pais vão na escola à procura de uma solução para que seu filho faça o dever de casa. Mas que noção essa criança tem de “dever” se sua cama está sempre arrumada e ela não tem ideia do esforço que isso requer. Seus brinquedos, apesar de muita conversa por parte dos pais e nenhuma ação por parte da criança, aparecem guardados. Seu prato surge na mesa, à espera do enorme sacrifício de sentar-se e protestar porque não gosta do alimento que está sendo servido? E a escola poderá enfim assumir um papel, fundamental, que também inclui conteúdos importantes, mas não se limita a isso. Caberá ao professor ensinar como o cérebro aprende, o que favorece e o que prejudica o processo de aprendizagem e, principalmente, guiar o aluno ao longo de seu desenvolvimento. Fica também para a escola o papel de guiar pais e filhos para que consigam separar informação confiável de conteúdo desprezível, fontes seguras e oportunidades para produção e criação de conteúdo também. Afinal, não é o consumo de informação que gera o conhecimento, mas sim a produção de conteúdo – hoje acessível a todas a idades.


A escola só consegue cumprir plenamente seu papel quando, em casa, a família cumpre o dela. Sem dúvida, a Educação formal precisa de mudanças. O ensino precisa de ajustes. Os professores precisam de formação adequada para os desafios que nossas crianças e adolescentes levam para dentro da escola. Cada vez mais teremos consciência de que o aluno vai na escola porque precisa de um guia – com competências de mentor e coach – que poderá orientar o aprendiz em busca de seu desenvolvimento.


Você consegue imaginar seu filho estudando porque tem consciência de que essa função é dele e que o grande impacto de aprender, ou não, virá para ele mesmo?


Você, mãe/pai, é capaz de imaginar seu filho buscando o mesmo conteúdo em um formato diferente de aula porque ele tem consciência de que ainda não domina aquela matéria? Enxerga uma realidade em que vocês juntos – pais e filhos – analisam as notas dos testes com foco em entender a que pontos é preciso voltar e estudar novamente? Imagina que a decisão de seguir em frente seja sua e de seu filho, sem preocupação da série em que ele está, mas sim com foco nas consequências de ter ou não conseguido entender um conteúdo que será base para os próximos aprendizados?

Se essa responsabilidade toda assusta, vamos então aproveitar o tempo que nos resta para ensinar nossas crianças o prazer de buscar novos conhecimentos e a responsabilidade que temos sobre nossas decisões.


Afinal, a nós, pais e responsáveis, continuará a responsabilidade pela educação. Quanto ao aprendizado formal, não haverá com que se preocupar. Pessoas educadas sabem pedir ajuda e buscar socorro quando necessário. Uma criança ou um adolescente educado para buscar seu próprio conhecimento vai para a escola com menor sofrimento e esforço e encontra prazer no aprender.

Simples, porém, nada fácil. Requer consciência, intencionalidade, esforço. Mais que isso, requer parceria entre Família e Escola. E muita abertura à vulnerabilidade sem medo de pedir ajuda e assumir que, apesar de tantos avanços, continuamos a precisa de uma vila para educar uma criança.


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