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Relações sociais entre os alunos e o impacto no aprendizado

Pare um pouquinho o que estiver fazendo e tente se lembrar dos seus melhores amigos da escola. Que momentos vêm a sua mente? Sem dúvida dois extremos: momentos de muita diversão ou de grandes sufocos que enfrentaram juntos!

Agora pense em quem são os amigos da escola de quem seu filho mais gosta, sobre os quais vive falando, contando histórias, aventuras e desventuras. Se você consegue lembrar dos seus amigos, mas não identifica quem são eles na vida escolar de seu filho, é hora de acender um alerta.

Com a correria da vida moderna, o grande número de atividades extra e longos períodos conectados, nossas crianças e adolescentes acabam por não ter a chance de criar laços fortes com seus colegas de classe ou da escola. As consequências disso são muito maiores e mais imediatas do que você pode imaginar.

Ter pouco ou quase nada que dê prazer em lembrar daqui a alguns anos, quando recordar os momentos da escola, já seria ruim. Enfrentar desafios maiores na vida adulta por não ter desenvolvido habilidades como empatia, paciência, respeito à diferença, pior ainda. Mas as consequências de não ter fortes laços durante a vida escolar são maiores e de impacto mais imediato do que imaginávamos até pouco tempo.

Pesquisas recentes confirmam que alunos que formam laços de amizade no ambiente escolar aprendem melhor. Estudantes que têm o sentimento de estarem socialmente incluídos são mais seguros e enfrentam com maior tranquilidade os desafios da aprendizagem.

Nos casos de crianças tímidas ou que mudaram recentemente de escola, especialmente nesta fase do ano letivo, em que a classe já tem suas panelinhas de amigos, é preciso ajudar para que a integração aconteça o quanto antes. Em situações assim, vale sua ajuda, sem forçar a barra ou interferir diretamente.

Algumas sugestões são:

  1. aproximar-se das mães que moram na mesma região e combinar passeios depois do horário da aula ou nos finais de semana. Dessa forma os filhos terão oportunidade para se conhecer em ambientes livres das panelinhas já formadas na sala de aula.

  2. No final de semana, fazer passeios combinados com outras famílias de alunos da escola.

  3. Incentivar seu filho a oferecer sua casa para algum trabalho escolar, de preferência em horários que você possa estar presente para servir um lanche e observar, de longe, a interação entre as crianças/adolescentes.

  4. Apesar da importância do insubstituível contato presencial, grande parte das interações sociais dos jovens de hoje está sim baseada na tecnologia. Ao invés de pensar em deixar seu filho de castigo sem celular ou tablet, que tal pedir que ele conte como as redes sociais ou aplicativos de troca de mensagem o ajudam a manter a proximidade com os amigos?

Seu filho está indo mal na escola? Vale investigar o quanto ele está carente de envolvimento com os colegas de classe e não focar somente em reforço de conteúdo. Reservar tempo para diversão com amigos também é uma forma de aprender – não somente o conteúdo acadêmico, mas aprender a aproveitar bem o tempo e ser feliz!


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