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Taís e Roberta Bento

Sendo criados em situações extremas, nossos filhos estarão, na escola, sempre em pontos extremos.

Duas características das famílias, nos dias atuais, contribuem para muitas das situações de estresse na relação das crianças com a escola. A primeira é o número menor de filhos. E a segunda é o isolamento das famílias, seja por questão de segurança, falta de tempo ou por mudança de cidade gerada pelo trabalho dos pais. Nossas crianças têm vivido uma primeira infância muito solitária. Por si só, isso já representaria uma perda muito grande. Além disso, os pais, inseguros, cheios de culpa pela falta de tempo, acúmulo de trabalho, estresse nos relacionamentos sociais, e também sentindo-se solitários, acabam por envolver os filhos em uma bolha. Dentro dessa bolha, o filho cresce em um mundo que em nada representa a vida real. O discurso dos pais, mesmo que interno, para eles mesmos, é: vou dar o que não tive, não quero que meu filho se frustre, ele ainda é tão pequeno, vai aprender quando crescer e outras mentirinhas que só impedem que o filho se prepare para o mundo real. O simples fato de termos famílias tão menores já tira de nossos filhos os preciosos momentos de disputa saudável: seja pela atenção, seja pelo brinquedo, seja pela vez de usar o banheiro, que tínhamos com nossos irmãos. Vivemos tempos de extremos. E os extremos nunca educam para uma vida equilibrada.

Algumas crianças aprendem que o normal é ter alguém 100% do tempo dando 100% de atenção a ela. Mesmo que seja uma atenção meio fake, já que tem sempre uma tela entre ela e o outro adulto. Outras acabam tendo pais ausentes 100% do tempo, mesmo quando estão em casa. Seja qual for o seu caso, você não é o suficiente. Seu filho precisa de outras crianças para aprender a ser e conviver com crianças. Você não precisa ter mais filhos se não desejar. Mas é sua responsabilidade levar seu filho e/ou trazer outras crianças para conviver com ele. Uma infância sem os desafios de disputar um brinquedo, de querer brincadeiras diferentes do colega, de

precisar correr para chegar primeiro no banheiro gera crianças incapazes de se relacionar. E, sendo criadas em situações extremas, estarão, na escola, em pontos sempre extremos: seu filho será o que bate ou o que apanha. O que faz ou o que sofre bullying. O que chora para não entrar ou o que chora porque não quer ir embora, o que se cobra para ser o foco o tempo todo ou o que se esconde para não ser visto. Crianças não têm como buscar sozinhas o equilíbrio. Adultos não têm ferramentas suficientes para ajudar nesse desafio. Precisamos buscar os primos, colegas, vizinhos, ou lidaremos com os problemas gerados na escola por seu filho ou com o seu filho.


Que tal ser o modelo que seu filho poderá seguir para aprender a se relacionar socialmente? O desenvolvimento saudável requer convivência social. E esta leva ao aprendizado do respeito às diferenças que fazem parte de uma vida plena. Se não formos nós, os adultos responsáveis o exemplo, dificilmente nossos filhos vão conseguir vencer os desafios de fazer amizade e formar relacionamentos saudáveis ao longo da vida!



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