“Estranho, porque em casa meu filho nunca fez isso! Deve ser alguma coisa na escola que está causando essa reação.” Se você já disse isso, está na hora de rever seus conceitos.
A convivência tranquila na escola depende do quanto seu filho foi preparado para esse desafio. E o tamanho dos obstáculos a serem vencidos varia de acordo com a experiência que a criança teve na família desde o seu nascimento. Quando vai para a escola, há o desafio de estar entre outros alunos que têm as mesmas necessidades, porém sem os pais. E se você acha que o maior desafio do professor é dar conta de tantas crianças que não desenvolveram em casa a base de habilidades para convivência social, está enganada. Mais difícil que isso é escrever na agenda que seu filho mordeu, foi mordido, bateu ou apanhou. E depois receber cada um dos pais querendo saber que providência a escola tomou contra a outra criança ou em relação aos pais. Sim, os dois lados têm uma postura muito parecida: "em casa isso nunca aconteceu, a escola tem que tomar uma providência." Sim, também é papel da escola ajudar os pais a entenderem que as crianças precisam conviver com outras crianças fora da escola. Não somente as crianças precisam aprender a compartilhar o brinquedo, a atenção dos adultos, o espaço em que estão. Os pais precisam de oportunidade para descobrir como seus filhos reagem quando não são os únicos, quando não têm suas necessidades antecipadas ou atendidas imediatamente. As crianças precisam de oportunidades para aprender o que é aceitável nos relacionamentos sociais e como controlar seus instintos. Conhecer as reações do seu filho em situações semelhantes à que ele vive na escola ajuda também a desenvolver uma relação de confiança entre vocês, pais, e a professora/professor.
"A frequência com que seu filho brinca com outras crianças sem a intervenção de um adulto é diretamente proporcional à capacidade de lidar com frustração e a resiliência que ele vai desenvolver para convivência na escola."
Ter somente o pai, a mãe ou a babá como companheiro de brincadeira é um caminho que leva a criança a preferir o isolamento, quanto um desses três não estiverem disponíveis. Algumas consequências negativas da falta de convivência com outras crianças na mesma faixa de idade, especialmente nos momentos de brincadeira, acabam se estendendo para a escola. Brincar com crianças da mesma idade ajuda também a desenvolver paciência. Em qualquer fase da vida, essa habilidade é essencial. No caso da criança, a paciência vai fazer falta desde os primeiros anos da educação infantil, depois, de forma mais concreta, no processo de alfabetização e também na aprendizagem de conteúdos mais complexos. A escola é um ambiente que ajuda para que a criança tenha essa habilidade praticada e estimulada. A base, porém, requer o envolvimento da família. É preciso garantir que seu filho enfrente o desafio de conviver com seus semelhantes. Sim, essa experiência é repleta de momentos de frustração. As crianças da mesma idade querem sempre o brinquedo que a outra pegou. Isso gera frustração. Eis mais um sentimento que precisa ser vivido para que a capacidade de lidar com ele seja desenvolvida. Ou seja, para desenvolver a paciência, seu filho terá que viver momentos de frustração. Quando tiver conseguido superar o desafio de ora ficar com o brinquedo, ora deixar que o colega fique, seu filho terá como bônus aprendido a resiliência. Essas três habilidades: paciência, habilidade para lidar com a frustração e resiliência, formam uma base de segurança para que seu filho possa desenvolver todo o potencial que tem para aprender e conviver em sociedade. Paciência, capacidade de lidar com a frustração e resiliência não se aprendem em livros, mas na relação desafiadora com outras crianças da mesma idade!
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