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Taís e Roberta Bento

“Tá doendo muito!” ou “Eu odeio matemática!”… como ajudar seu filho a

Como pais, cometemos um erro gravíssimo quando nossos filhos demonstram sentimentos negativos: tentamos, na esperança de ajudar, negar que o sentimento exista.

É comum ouvir pais buscando argumentos para mostrar ao filho que ele não está de fato sentindo aquilo ou que não deveria ter aquele sentimento.

– “Mãe, tô cansado hoje”

– “Tá cansado nada! Hoje ainda é segunda feira. Queria ver se você tivesse que fazer tudo o que eu faço!”

– “Ai que chato não poder ir brincar lá fora hoje.”

– “Você ia ver o que é chato se não tivesse um apartamento para ficar em dias de chuva como esses”!

Ao negar o sentimento do filho, geramos um enorme stress e confusão com a qual eles têm que lidar, além do sentimento negativo que já está instalado. É daí que nasce a birra e a necessidade de fazer muito barulho, na tentativa de mostrar a confusão que está se passando em sua mente nesse momento.

Tudo o que eles precisam é ter seus sentimentos aceitos e respeitados.

Você não precisa concordar ou discordar. A criança precisa de um adulto que reconheça que ela está passando por uma situação que para ela é estressante ou desagradável

As dicas para fazer isso são:

1 – Ouvir em silêncio e prestando muita atenção.

Pare o que estiver fazendo, olhe para ele, na altura dos olhos e realmente ouça o que ele está dizendo. 

2 – Mostre que entende o que ele está sentindo, dando um nome para o sentimento.

“Ah, deve ser cansativo fazer tanta tarefa depois de um dia cheio de atividades” (ao contrário do que os pais pensam, dizer isso funciona para a criança como um incentivo, pois ter seu sentimento de cansaço reconhecido gera energia para mostrar que é capaz!).

“Poxa, isso deve ter causado muita tristeza para você” (o primo quebrou o brinquedo favorito dele).

3 – Mostre que pode realizar de forma imaginaria o que ele deseja.

“Vou arrumar uma cartola de mágico e da próxima vez posso fazer a bolacha aparecer para você aqui em casa”

“Vamos usar nosso superpoder para fazer a chuva parar…mas será que as plantinhas vão ficar tristes?”

4 – Tenha sempre papel e giz de cera por perto.

Caso seu filho já tenha o hábito da birra, você pode eliminar todo stress dessa situação ao causar uma mudança repentina no ambiente: derrube algo que faça barulho, acenda ou apague a luz, faça de conta que levou um susto ou lembrou de algo importante. Qualquer mudança repentina no ambiente desvia a atenção automaticamente, a criança não tem como evitar isso. Logo em seguida, converse sobre outro assunto, não fale sobre o que gerou a birra e não tente explicar o porquê ele não pode fazer isso ou não pode ter aquilo que gerou a birra. Deixe que ele esqueça o assunto, mundano o foco e propondo uma atividade da qual ele goste (desenhar, pintar, ouvir música, brincar de carrinho). Somente mais tarde, quando a situação estiver esquecida por ele, você pode voltar ao assunto e explicar a ele porque fazer birra não resolve e gera ainda mais estresse.

5- Lembre-se de que todo e qualquer sentimento pode ser aceito, ações é que devem ter limite!

A criança pode sim sentir raiva, por exemplo. Ela não pode descontar esse sentimento em outra pessoa.

Ao demonstrar que reconhece e aceita os sentimentos de seu filho, você ajuda para que ele aprenda a lidar com os sentimentos negativos sem precisar externá-los em ações como birras ou violência física.

Gravamos um vídeo com a querida Bianca Arcangeli, do Blog Mãe em Dia falando de crianças mimadas e birra. Para assistir é só clicar no Play: 


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