Não importa o quanto você se considera uma pessoa do bem. Fomos criados em um mundo absolutamente preconceituoso. E muito disso ficou dentro de nós, agindo de forma sorrateira. O primeiro passo para ajudar nossos filhos a serem adultos melhores do que somos é admitir que nossa infância e juventude foi mal nesse aspecto. Era comum rotular pessoas como se isso fosse de alguma forma engraçado. Definir quem “prestava” ou não com base em fatores totalmente desvinculados do caráter. Crescemos em um mundo no qual as piadas que desvalorizavam alguma característica física de um grupo eram tidas como normais. Raça, gênero ou religião diferentes dos nossos eram abertamente criticados como se as pessoas “certas” fossem somente aquelas que compartilhavam das mesmas crenças, costumes ou etnia.
Na tentativa de proteger os filhos, os pais muitas vezes mantinham escondidos dentro de casa aqueles que tinham alguma deficiência ou opção sexual diferente. Sem acesso aos mesmos direitos, acabavam não desenvolvendo seu potencial e as pessoas buscavam no adulto que se tornaram a confirmação das crenças que haviam sido plantadas. O desafio de educar filhos sem preconceitos começa dentro de casa. Muitas pesquisas provam que atitudes, posturas e vocabulário preconceituosos dos pais falam mais alto do que qualquer discurso politicamente correto. Mesmo o tom de voz que os pais usam ao dirigir a palavra a determinada pessoa ou ao se referir a um grupo social são capazes de formar o comportamento preconceituoso em uma criança. Para que nossas crianças e adolescentes sejam realmente pessoas capazes de ter empatia, precisamos primeiro domar nossos monstros. Nossa responsabilidade é exponencialmente maior do que a dos nossos pais. Temos acesso à informação e conhecimento que não chegaram para eles e consciência do estrago que o preconceito gera na sociedade.
Nossa consciência sobre o mal que o preconceito traz é tão grande que o negamos mesmo antes de olhar para dentro de nós. Comece a observar suas reações em situações de tensão e nervosismo. Tente recordar as palavras que usa quando o jogador do seu time é derrubado pelo adversário. Ou os comentários que faz quando uma vizinha conta que um funcionário sumiu levando alguns pertences. Ou quando fica sabendo, durante uma noite de bebida e diversão com amigos, que o/a filho/a de um amigo assumiu ser homossexual. Sua postura nessas situações revelam o preconceito que está aí, escondido de outros adultos, mas totalmente perceptível como postura a ser imitada pelo seu filho. Pode ser que seja necessária somente uma atenção maior de sua parte para mudar esse padrão automático. Ou pode ser que você precise de ajuda para mudar seus conceitos, caso estejam arraigados ao ponto de você não saber nem de onde vêm e nem como se livrar deles. Então procure ajuda. É assim que você pode ajudar seu filho a crescer como uma pessoa melhor, aceitando seus colegas como são, acolhendo as diferenças como oportunidade de crescimento e amadurecimento.
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