
A régua para medir se estávamos sendo bem educados por nossos pais era composta de itens que podiam ser visivelmente identificados. A prova de que não eram fatores simples é que até hoje seguimos na luta para assegurar que nossos filhos tenham cada um deles garantido. Cuidados com a saúde, comida à mesa, roupas e calçados, boas maneiras na convivência social, respeito aos mais velhos e responsabilidade. De alguma maneira é possível medir todos esses elementos em um “bater de olho”, mesmo hoje em dia. Era assim que as famílias seguiam, passando seus sufocos, mas conseguindo avaliar que filho precisava mais disso ou daquilo para que os pais respirassem aliviados por estar dando conta de educar aquela criança ou adolescente. Em momento algum devemos subestimar o tamanho do desafio. Não existiam os inúmeros e valiosos recursos que temos hoje com maior acesso mesmo a famílias com menor renda. Geladeira, máquina de lavar roupa, tv, eletrodomésticos, alimentos em ponto de preparo imediato ou já prontos.
Um exemplo simples é o frango, que já compramos até cortado, mas que nossos avós e alguns pais ainda compravam vivo para matar e limpar em casa. E mais tantos outros fatores que facilitaram nossa vida. Sem contar o número de filhos, que era maior. Não estamos, em momento algum, diminuindo o tamanho do esforço que nossos pais colocaram para que possamos estar aqui hoje, buscando dias melhores para nossos filhos. O fato é que existiam menos “grilos” na cabeça dos pais em relação a como estavam se saindo enquanto educadores. E dos professores também. O comportamento dos filhos ali, no momento, era o indicador para saber se alguns ajustes eram necessários. E os ajustes eram na proporção do que os pais achassem correto. As notas na escola eram o indicador para saber se o aluno estava aprendendo ou não aquele conteúdo ensinado. Mas lá se foi o tempo em que comportamento serve como indicador do quão bem estamos educando nossos filhos. E lá se foi o tempo em que os alunos chegavam na escola com as habilidades desenvolvidas. Aqui estamos, pais e professores, batendo cabeça e tentando garantir que as crianças sejam felizes. O que é ótimo, mas não vai acontecer se eliminarmos o esforço que nossos pais faziam para nos ajudar a entender que alguns comportamentos são necessários, tanto para nossa convivência quanto pelo respeito aos direitos de outras pessoas. É ótimo que tenhamos ampliado nossa visão e entendido que criança também precisa ser respeitada, não só o adulto. Mas jogamos fora o dever de ensinar a respeitar, ao invés de incluir o direito ao respeito que nosso filho também merece.
É a ânsia em substituir ao invés de acrescentar que está cansando tanto e tornando a educação de nossos filhos tão difícil. É a cobrança por fazer a parte que é de nossos filhos que está nos deixando exaustos. Ser feliz é uma busca que nossos filhos terão que empreender. A nós cabe dar as ferramentas, os recursos. E aprender sobre limites e frustrações também é recurso. E dos mais valiosos. Mas será que estamos prontos para aceitar nossos próprios limites e frustrações? Ou é isso que precisamos trabalhar primeiro em nós, para então poder ensinar?
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Não é só o desafio de lidar com tantos fatores que independem de nossas crenças ou vontades, como a mudança no ritmo de vida, a nova forma de estruturação das famílias e a grande influência da tecnologia no dia a dia. Além de tudo isso, mudou o padrão do que se considera ser um bom pai ou uma boa mãe. E mudou de forma muito drástica. Caso na sua cabeça já esteja passando o pensamento “não me importa o que os outros pensam”, calma que não é somente como as pessoas avaliam sua forma de educar que gera tanto estresse. É principalmente a forma como você avalia, questiona e cobra a si mesma/o em relação à forma como está preparando seu filho para o futuro. Eis aí mais uma fonte de tortura para os pais nos dias de hoje. Nossos pais não estavam exatamente pensando se estávamos ou não sendo preparados para o futuro. Eles nos educavam para aquele momento da vida. E hoje, nessa ânsia constante de querer garantir ao máximo um futuro melhor para os filhos, acabamos nos cobrando o tempo todo, sem deixar espaço para o momento que estamos vivendo. E aí aquela sensação de não estar dando conta, de estar passando rápido demais, de insegurança sobre cada atitude que tomamos.
Mesmo que seja difícil admitir, você está se comparando o tempo todo. E achando que não está atendendo às expectativas. Isso, por si só gera um estresse enorme, do qual você não consegue trégua, porque onde você vai, suas cobranças vão junto. Por isso você também chega exausta/o de um passeio só para vocês, casal. Ou de uma saída com os amigos. Ou daquela noite que tirou só para bater papo e rir com os amigos. E diante de tanta autocobrança e estresse, vamos deixando nossos filhos sem o que precisam para serem simplesmente crianças hoje. Adolescentes mais seguros amanhã e adultos bem resolvidos logo ali na frente. A exposição e acesso constante às redes sociais, aliada a diversos fatores que tanto nos sobrecarregam na educação dos filhos nos tempos atuais e estresse que vivemos no dia a dia, tornam sim o desafio de criar filhos muito diferente daquele que nossos pais e avós enfrentaram!
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Atualizado: 7 de nov.

Há algum tempo, o respeito aos direitos individuais dos filhos passou a ser visto como parte da educação, felizmente. Aprendemos que ouvir a criança, garantir que ela participe do dia a dia em família, fazendo escolhas e tendo seus sentimentos respeitados pelos adultos responsáveis. O problema acontece quando esquecemos que o responsável por ajudar seu filho no aprendizado sobre como fazer boas escolhas continua sendo você, pai/mãe. Por mais que os pais queiram que seus filhos participem e opinem, ajudem a tomar decisões e sintam-se importantes, é preciso entender que há etapas a serem cumpridas. Deixar que as crianças decidam em situações para as quais não estão preparadas, ou ainda não possuem maturidade, é criar filhos despreparados para a vida. E ser negligente com nossa responsabilidade, que é educar de forma integral. Há responsabilidades que não podemos deixar de assumir, como pais. Não é justo deixar que nossos filhos sofram as consequências por decisões que deveríamos tomar por eles, mas não fazemos. O desafio é assumir o que é nosso papel e deixar a criança ou adolescente entrar no ponto para o qual ela esteja preparada ou terá seu amadurecimento favorecido.
Diversas situações, como a escolha da escola, o horário de estudo, informações às quais terão acesso livremente, o horário de ir para a cama e os deveres compartilhados na organização da casa devem ter uma pré-seleção dos pais. Quanto mais velhos os filhos vão ficando, mais se tornam capazes de tomar decisões acertadas, quando tiveram exemplo dos pais como base, na primeira infância. Aos filhos menores pode ficar a escolha entre umas das opções pré-estabelecidas pelos pais. Essa rotina que envolve escolhas que precisamos fazer constantemente, envolvendo os filhos, tem impacto na relação que a criança ou adolescente terá com o aprendizado, com a escola e com os amigos ao longo da vida. Fique tranquilo, quanto mais seu filho sente que você está seguro nas suas decisões, mais preparado ele fica para fazer suas próprias escolhas conforme vai crescendo – desde que ele tenha um modelo a seguir.
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