Se você tem filho em idade escolar, certamente já fez essa pergunta. E, mais certo ainda, é você já ter recebido como resposta um sussurro ou resmungo qualquer. Com um pouco de sorte, talvez um “foi tudo bem” e nem uma pista sequer do que isso significa. Uma das perguntas que os pais mais gostam de fazer e os filhos menos se esforçam para responder. Mas será que ela é tão importante? Sim! Além de ser um momento para você conhecer um pouco mais sobre seu filho, ao fazer perguntas que exijam que ele recorde o que viveu durante o dia, ele exercita a memória e a capacidade de transformar em palavras os sentimentos e experiências que, de alguma maneira, acabarão formando as memórias dessa fase da vida. Quanto mais seu filho é estimulado a pensar sobre o dia que teve, mais prática vai desenvolvendo no desafio de processar situações agradáveis e desafios que são parte do dia a dia. Além disso, mesmo que a resposta seja curta e direta, sem muitos detalhes, fica o registro do seu interesse e disponibilidade para ouvir. É assim, em situações como essas, que ensinamos sobre empatia e demonstramos carinho e interesse pelo outro, em tempos de tanto isolamento e carência de oportunidades para conexão interpessoal.
E será que existe uma forma para conseguirmos um pouco mais do que o “foi tudo bem!”? De fato, existem muitas maneiras para conseguir um diálogo, sem que seu filho se sinta pressionado a falar. Ao contrário, quanto mais leve e despretensiosa soar essa conversa, mais seu filho vai conseguir se abrir e compartilhar sentimentos, alegrias, medos e anseios. Além de aliviar o peso de carregar sozinho algumas sensações mais difíceis de serem processadas, vocês ganham em termos dos vínculos que são reforçados na relação pai/mãe-filho. Separamos uma sugestão para que você realmente consiga com que seu filho compartilhe suas experiências e pensamentos com você. Tudo começa com uma abordagem diferente para a pergunta. Ao invés de “cumprir tabela” perguntando da mesma forma, no mesmo tom, sobre o dia na escola, que tal tentar descobrir mais sobre seu filho/a de uma maneira criativa e divertida?
A dica é propor um jogo de adivinhação no caminho de volta para casa. “Duas verdades e uma mentira” é o nome do jogo: “filho/a, você conta duas coisas que realmente aconteceram hoje na escola e uma que não aconteceu. Eu vou tentar adivinhar qual foi a coisa inventada, que não aconteceu, ou que aconteceu de uma forma diferente da que você me disse.” Uma alternativa que também funciona, é você começar a brincadeira, dizendo as duas verdades e uma mentira, para que seu filho adivinhe qual é a mentira.
Além de ser uma oportunidade de tempo de qualidade para passar com seu filho, através desse jogo você consegue perceber quais acontecimento do dia foram mais marcantes. E, a partir da brincadeira, seguir a conversa, falando sobre os pontos que seu filho trouxe, será mais fácil e natural. O caminho de volta para casa vai se tornar mais um dos momentos que seu filho levará entre as memórias boas do tempo de escola!
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