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Parte 2: O desafio... 



O grande problema é que não temos o tempo que gostaríamos de dizer que existe para primeiro cuidarmos da nossa saúde mental e, somente depois, tomar as decisões em relação às demandas e necessidades dos filhos. É tudo para ontem. Tudo é urgente. Tudo é importante. E tudo é transmitido, ao vivo, em cores, em tempo real, para o mundo. Um mundo que, seja lá do tamanho que for e sem tempo “para nada”, faz questão de assistir, comparar, julgar, condenar e punir. Não dá tempo de visitar os pais, é complicado participar dos eventos da escola dos filhos, o aniversário de um amigo passa esquecido, mas a forma como as outras mães e os outros pais estão educando seus filhos, ah, isso vai para a lista do imprescindível e inadiável. Junto disso, vem a autocobrança e comparação, para saber como estou sendo avaliada. Está aí a fórmula mágica para fazer parecer uma missão impossível o que, de fato, é uma decisão simples: deixar ou não que o filho tenha rede social. Permitir ou não que tenha um celular com uso livre, sem regras de o quê, quando, com quem e por quanto tempo.


Que tal inverter o padrão? Primeiro a saúde mental e educação do seu filho e sua família, com suas regras e valores inegociáveis. E depois, se e quando sobrar tempo, dar uma espiadinha no que os outros estão fazendo. É essa a única maneira de jogar fora peso que não é seu e se torna impossível de ser carregado, junto com tantas outras demandas.

E também é o caminho para encontrar a resposta para a pergunta: “será que tem como manter meu filho seguro nesse mundo digital?”. Isso porque a resposta passa pelo que nossos antepassados enfrentaram: vou educar para o que eu enxergo, de acordo com valores que preparam meu filho, de acordo com a idade que ele tem, para os desafios que ele precisa enfrentar. 


Criança não pode ter rede social. E essa responsabilidade, por manter essa regra, como aquela que nossos pais tinham: “escureceu, não é hora de criança ficar na rua”, é nossa. Além disso, a consciência de que não há cem por cento de certeza da segurança nunca, em nenhuma situação da vida. Ainda assim, é nossa responsabilidade dar a segurança que está ao nosso alcance para nossos filhos. 

“E o choro, a tristeza, a decepção, a frustração do meu filho?”, você pergunta. Ah, isso tudo é oportunidade: para dar carinho, acolhimento, chance para aprenderem a lidar com situações sobre as quais eles não controlam, paciência, flexibilidade, persistência, determinação, respeito a opiniões divergentes e a regras e limites que fazem parte da convivência social e crescimento saudável. É uma troca com ganhos, muitos ganhos para os filhos, os pais e para a sociedade. É fácil? Não, educar um filho jamais será tarefa fácil, não importa o quanto o mundo evolua e quanta inteligência artificial tenhamos disponível. Mas não há nada que um pai ou uma mãe não consiga enfrentar por um filho!


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Parte 1: O contexto... 


São novos tempos, que demandam mudanças difíceis de serem colocadas em prática. Isso porque, para conseguirmos oferecer a segurança possível, e necessária, para que nossos filhos possam ter uma infância e adolescência saudáveis, precisamos mudar, antes de tudo, nossos pressupostos. Antes de aprender novos caminhos para educar uma geração que nasce e cresce em um mundo cuja característica mais marcante talvez seja a velocidade, precisamos desaprender nossos traumas e ilusões.


Educar um filho nunca foi tarefa fácil. Nossos antepassados também tiveram lá suas dúvidas, medos e inseguranças. E, de alguma forma, acertaram em grande parte das escolhas que fizeram, caso contrário, eu não estaria aqui, escrevendo este texto. E você não estaria aí, lendo e refletindo sobre tantas questões que requerem uma paradinha, ainda que em meio ao caos, para ajuste de rota.


Um desafio que diferencia o desafio da educação de filhos hoje, em relação ao passado, é exatamente uma das características do mundo atual, que há tempos vem sendo celebrada como uma grande conquista: um mundo sem fronteiras. E isso confirma uma teoria que tenho desde muito jovem: suas maiores forças são também seus maiores pontos de vulnerabilidade. É sensacional poder acompanhar o mundo em tempo real, falar com uma pessoa que está do outro lado do planeta com apenas um clique. Morar em um país e trabalhar em uma empresa que fica em outro continente. Entrar em uma reunião com pessoas de cultura, origem e crenças tão diversas. É, para a grande maioria dos adultos responsáveis por crianças e adolescentes, um alívio saber que pode acompanhar cada passo e cada minuto do dia de um filho, mesmo estando a distância, pelo celular. Mas tudo isso tem seu preço. E ninguém mais do que os pais e mães têm pagado uma conta alta em troca de tantas barreiras que foram derrubadas pela tecnologia. O desafio de educar filhos nascidos na era digital é gigantesco. Não somente pela abundância de tecnologia, mas também pela insegurança emocional e dificuldade em assumir responsabilidades que os adultos apresentam diante de tanta informação e velocidade na mudança... tem jeito? 

Continua na Parte 2, o desafio.


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Você está otimista em relação ao desempenho do seu filho este ano na escola? E seu filho/a, que tipo de sentimento tem em relação aos desafios e conquistas que tem pela frente?


Falar sobre isso pode ajudar a tornar mais leve o dia a dia de pais, mães e filhos, seja qual for a faixa etária ou fase que estejam vivendo na escola. Novas pesquisas trazem informações valiosas, que podem ajudar a transformar a relação que nossas crianças e adolescentes têm com os estudos, com a escola, com o processo de aprendizagem e relacionamento com professores e colegas.


Segundo as pesquisas, ao ser otimista em relação ao futuro, colocamos o foco na expectativa de que o futuro traga boas notícias, bons resultados. Quando conseguimos, ao invés de focar no otimismo, colocar nossa energia em “ter esperança” na conquista de bons resultados, temos maiores chances de que eles sejam de fato realizados. Isso porque a esperança nos ajuda a focar mais diretamente em ações que nos levam a atingir objetivos específicos. Ou seja, o sentimento de esperança gera a energia, iniciativa, postura mais proativa para que possamos construir o futuro que desejamos. Em uma situação ideal, esperança e otimismo caminham juntos. Na realidade, porém, acabamos deixando muitos momentos decisivos serem resolvidos por conta da sorte quando nos tornamos otimistas inveterados. 


Estudos realizados por pesquisadores das Universidades de Chicago e de New Hampshire comprovou que a esperança, expressada como consciência da energia que um estudante coloca em buscar caminhos para atingir objetivos que ele mesmo define, pode “prever” melhor desempenho acadêmico em grau maior do que inteligência, personalidade, ou mesmo desempenho anterior. *


A boa notícia é que a esperança não é uma característica genética: ela pode ser aprendida. E, portanto, pode ser ensinada. Para que se torne um superpoder do seu filho, é preciso que juntos vocês pratiquem, no dia a dia, inicialmente trocando otimismo por esperança e, depois, deixar que ambos os recursos sejam parte integrante da capacidade de enfrentar desafios sem desanimar. 


Arthur Brooks, pesquisador da ciência da felicidade, professor da universidade de Harvard e autor do livro “Build the Life you Want” (Construa a vida que você Deseja), ainda sem tradução para o português, indica três passos para que possamos incorporar a esperança como parte da nossa vida, e de nossos filhos:

1 – Imaginar o futuro que deseja e descrever em detalhes, listando elementos que terão melhorado em relação a um parâmetro atual.

2 – Listar as ações e posturas que você vai mudar, formando um plano de ação para enfrentar os desafios que são sua responsabilidade. No caso de nossos filhos, incluir atividades do dia a dia em casa e as responsabilidades relacionadas à escola e aos estudos. 

3 – Definir os momentos, com dia e horário para as ações que requerem dedicação com prazo determinado. Por exemplo, definir o horário de estudo, que deverá acontecer durante a semana.


Pronto, a esperança de mais motivação, envolvimento, aprendizado terá sido transformada em ações práticas. E têm chances enormes de resultar em melhor desempenho, relacionamentos sociais saudáveis, autoestima e autoconfiança em níveis que levam a dias mais leves, desenvolvimento saudável e maior sensação de felicidade.

Caso você, ou seu filho, pare no primeiro passo, você está mantendo o foco no otimismo. Para que consiga aprender e praticar a “Esperança”, é preciso listar o que está ao seu alcance fazer para que o futuro que descrito no passo 1 possa se concretizar. 


Que tal investir um tempo com seu filho para registrar os três passos e garantir um ano inteiro de momentos mais tranquilos em família e na escola?


* Fred B. Bryant and Jamie A. Cvengros, “Distinguishing Hope and Optimism: Two Sides of a Coin, or Two Separate Coins?” Journal of Social and Clinical Psychology 23, no. 2 (2004): 273–302." 


** Anthony Scioli, Christine M. Chamberlin, Cindi M. Samor, Anne B. Lapointe, Tamara L. Campbell, Alex R. Macleod, and Jennifer McLenon, “A Prospective Study of Hope, Optimism, and Health,” Psychological Reports 81, no. 3 (1997): 723–33. BACK" 


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