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Que tal aproveitar os dias do carnaval para ajudar seu filho a enriquecer o arsenal de ferramentas para o ano letivo que vem por aí após o Carnaval?

A memória de longo prazo é como se fosse um almoxarifado: tanto armazena nossos conhecimentos quanto os fornece para servirem de base na construção de novas aprendizagens, explicando de maneira bem simples.

Quanto mais rica for a memória de longo prazo de seu filho, mais tranquilo pode se tornar o processo de aprendizagem formal, na escola.

Experimentar o novo e fazer atividades com começo, meio e fim – eis a fórmula mágica. Algumas dicas para esses dias de folia ou descanso em família são:

  1. Sair em busca de material para que as crianças façam suas próprias fantasias. Não é necessário sair com a fantasia, o simples fato de selecionar, organizar o material e criar a fantasia já é um processo riquíssimo. E as fantasias criadas podem se tornar fonte de inspiração para brincadeiras dentro de casa mesmo!

  2. Deixar algumas refeições, como lanche da tarde, por exemplo, sob responsabilidade dos filhos, principalmente adolescentes. Para conseguir que eles se envolvam mesmo com a tarefa, deixe que decidam o que farão e cuidem também da compra dos ingredientes necessários. Não se esqueça de elogiar muito todo o esforço e dedicação ao final da refeição!

  3. Aproveitar momentos de descanso para se divertir com jogos de tabuleiros ou cartas, pais e filhos juntos. Caso seu filho seja do tipo ligadíssimo em tecnologia, intercale momentos de jogos em grupo com cartas, dominó, tabuleiro com outros momentos em que ele pode se divertir com seus jogos preferidos no vídeo game. Enquanto os jogos de tabuleiro ajudam a praticar e ampliar a capacidade de foco, concentração, paciência e trabalho em equipe, o vídeo game ajuda no desenvolvimento da coordenação motora, tomada de decisão sob pressão, entre outros benefícios que descreveremos no próximo post!

Um ótimo carnaval para todas as famílias que aprendem enquanto se divertem!


Pelo bem de seus filhos, combine que fone de ouvido e mensagens de texto não devem fazer parte do trajeto de casa até a escola.

O carro se tornou um dos ambientes em que muitas famílias passam boa parte do seu tempo. Quanto mais a tecnologia avança e permite maior acesso a recursos diversos a qualquer momento, de qualquer lugar, menos aproveitamos o tempo que temos com nossos filhos dentro do carro. Infelizmente isso se aplica seja qual for a idade dos filhos. Mas vamos focar em crianças maiores e já independentes, aquelas que já têm, além do tablet ou celular, seu próprio fone de ouvido. O desaprender a ouvir e manter diálogos durante o trajeto para a escola ou para casa começa cedo. Já de pequenos, quando têm uma telinha em mãos, nossos filhos perdem preciosas oportunidades em que desenvolveriam memórias e habilidades fundamentais para um bom relacionamento com os estudos.

Olhar pela janela do carro traz uma riqueza tão grande de recursos para o cérebro que fica difícil descrever em um espaço tão curto os inúmeros benefícios. O prejuízo porém só aumenta quando entra em cena o fone de ouvido. Além de perder o contato visual com a realidade lá fora, os adolescentes perdem a conexão com os adultos que estão ali, no mesmo ambiente. Não deveria ser um susto para a família descobrir depois que conhece tão pouco sobre o que pensa aquele que um dia foi o centro da vida dos pais. Não é preciso conversar 100% do tempo que estiverem dentro do carro. Nem é preciso eliminar as vantagens que a tecnologia oferece. Mas é nesse trajeto que fazem juntos que os pais podem – e devem – ouvir uma conversa que o filho está tendo com um amigo ou namorado/a. Ouvir, simples assim. Descobrir o que e como seu filho fala com quem está do outro lado. Ouvir música no rádio do carro, ainda que seja a playlist que vem do celular do seu filho. E aí vale combinar de intercalar os gostos musicais de cada um. Não há motivo algum para que somente seu filho escolha o que vocês vão ouvir.

Uma excelente maneira de ajudar a enriquecer repertório e recursos de comunicação oral e escrita é propor que além de música, em alguns dias determinados, vocês ouçam notícia juntos. E conversem sobre elas – as músicas que cada um gosta e as notícias que ouviram juntos. Ajude seu filho a se conectar com o mundo real, a refletir e argumentar sobre questões que fazem parte do dia a dia, a temas complexos e polêmicos. Demonstre respeito pelas opiniões dele e provoque para que ele tenha que buscar mais detalhes para a próxima conversa.

Transforme os momentos que têm no carro em memórias que seu filho levará para dentro da escola, para fora do carro, para os momentos que terá depois, quando estiver no banco do motorista, levando seus netos para a escola!


Pode soar como natural fazer tudo rapidinho na cozinha enquanto seu filho pré-adolescente se diverte em alguma tecnologia. E depois implorar para que venham comer, para que, em seguida, todos se espalhem na velocidade da luz, enquanto algum adulto continua na cozinha, colocando tudo em ordem. Mas não é.

Conforme os filhos vão crescendo, fica mais comum que a família vá se espalhando pela casa, cada um em atividades diferentes. Até aí, muito bom que os filhos vão ganhando autonomia e os pais, liberdade. Aos poucos, porém, com a grande oferta de recursos que a tecnologia trouxe para dentro de casa, ao invés de simplesmente se dividirem em tarefas diversas, os membros da família foram se isolando em mundo distintos. E, assim como a parábola do sapo que colocado no fogo em água na temperatura ambiente acaba não percebendo o momento em que deveria pular da panela, acabamos nos adequando a uma rotina nada benéfica para nossos filhos.

Pode soar como natural fazer tudo rapidinho na cozinha enquanto seu filho pré-adolescente se diverte em alguma tecnologia. E depois implorar para que venham comer, para que, em seguida, todos se espalhem na velocidade da luz, enquanto algum adulto continua na cozinha, colocando tudo em ordem. Mas não é. Não é normal e gera uma série de consequências negativas para toda a família, especialmente para os filhos.

Pense na cozinha como um ambiente que pode alimentar corpo, mente e alma de todos os que ali ficam por mais tempo do o meramente necessário para comer. Ao transformar a cozinha em um ambiente de convivência em família, você automaticamente ajusta a rotina para que seu filho possa desenvolver estratégias que o ajudarão a enfrentar os desafios de aprendizagem, de relacionamento social e de envolvimento mais profundo com vocês, pais. Combine com seu filho que vocês vão juntos para a cozinha. Que vão dividir as tarefas que compõem o momento da refeição em família e da organização após o jantar.

Mesmo que você tenha alguém que ajuda nas tarefas domésticas e que deixa o jantar pronto, divida com seu filho a responsabilidade por colocar a mesa, esquentar a comida, tirar a mesa, lavar a louça. Enquanto fazem tudo isso juntos, haverá tempo para conversas que jamais surgiriam. Seu filho vai entender todo o trabalho que há para que uma refeição chegue ao prato. Não tem problema se ele reclamar ou se fizer caras e bocas. Siga em frente, conversando sobre instruções que o ajudem a cumprir o combinado com parte dele e já entrando em outros assuntos do dia que tiveram. Além de se tornar muito mais próxima desse adolescente, a postura que ele desenvolverá em relação aos estudos e perante desafios que a vida traz no dia a dia será totalmente diferente. Fique atento à mudança de postura que aos poucos virá: de repente o mundo real já não é tão chato.

O interesse em ajudar mesmo sem ter sido solicitado aflora. O respeito e gratidão por pessoas e momentos são aprendidos na prática, quando você ensina seu filho que a conversa na cozinha pode ser a luz para tantos momentos que pareciam túneis infinitos e escuros!


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